AMIZAVARIOS: Não molhem meus poemas

AMIZAVARIOS

06 março 2007

Não molhem meus poemas

Homem que tanto lutaste, no erguer da esperança
Tanta luta travaste contigo próprio
Uma claridade na escuridão da vida
Palavras que não passaram de uma folha branca
Manchada pelo sangue dos vossos punhais
As balas que mataram os demais inocentes
Uma guerra do nada, batalha endiabrada
Parem, parem já chega de tanto sangue
Estou no fim… quero a paz comigo levar
Não vou querer lágrimas, em cima dos meus poemas
Quero dormir de olhos abertos e meus amigos observar
Se no meus rosto derramei lágrimas, atrás deixadas
Partirei de face limpa como a folha que cai seca
Recordações levarei das pessoas por mim amadas
Quero ser recordado na mais plena alegria
A quem me amou e odiou um obrigado vos deixo
Sintam, sintam o amanhã clarear, sintam o cantar dos pássaros
O vento das arvores o florescer de uma planta
O cheiro da terra molhada, o choro da criança
O despertar de uma esperança
Mas por favor não molhem os meus poemas
V-SILVINO